Primeiro veio o Tobias, depois o Batatinha, depois o Miguel e depois a Mila. Quando o Batatinha tinha oito meses descobrimos, pelo ultrassom, uma doença de herança genética, muito comum em gatos persas, o PKD (doença dos rins policísticos). Desde então, tenho lutado para divulgar e conscientizar as pessoas sobre a existência desta doença.
A doença não tem cura, evolui para insuficiência renal e termina com óbito.
Acredito que exigir o teste de PKD ao adquirir um gato, principalmente da raça persa, possamos, no futuro, diminuir a herança genética, dizendo não aos criadores de má fé que se aproveitam da falta de informação das pessoas.
Foi com esse intuito que nasceu o Blog do "Batatinha elurofilia". Meu intuito é dividir minha vivência com meus "filhos" com outros elurófilos, simpatizantes e amantes de gatos, além de trocar experiências e informações relacionadas ao mundo felino.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos (FLUTD/SUF)

A FLUTD (Feline Lower Urinary Tract Desease) ou SUF (Síndrome Urológica Felina) É uma enfermidade que compreende várias desordens do trato urinário inferior dos felinos. Os sinais clínicos mais comumente apresentados pelos gatos são:
·         sangue na urina;
·         dor ou dificuldade de urinar (permanecem muito tempo em posição normal de micção);
·         urinam muitas vezes ao dia e em pequenas quantidades  
·         presença de obstrução uretral (o gato tenta urinar e não consegue)

Fatores de risco
  • Sexo: pode ocorrer tanto em machos como em fêmeas, mais recorrente em machos pelo fato de possuírem a uretra mais longa e estreita (ao contrário das fêmeas que a possuem curta e larga) são mais propensos a apresentarem a forma obstrutiva da FLUTD (a obstrução uretral geralmente ocorre na porção peniana da uretra que possui 0,7mm de diâmetro).
  • Estresse e Confinamento: os gatos estressados que vivem em ambientes barulhentos e agitados e os “gatos de apartamento” são os mais predispostos a apresentarem a doença.
  • Hereditariedade: gatos de pêlo longo ou gatos cujos pais já apresentaram a doença podem estar mais sujeitos a FLUTD

Etiologias
Deve-se sempre tentar identificar a causa da FLUTD, pois uma vez conhecida a origem do problema, poderá ser indicada a terapia mais apropriada e com isso reduzir o risco de recidivas.
·         Idiopática: apesar de todos os avanços nas pesquisas no mundo inteiro, mais de 60% dos casos de FLUTD são de origem DESCONHECIDA.
·         Tampões uretrais: são precipitados desorganizados compostos de uma matriz coloidal associados a quantidades variais de material cristalóide. A natureza e a origem da matriz mucoprotêica não é conhecida. Correspondem a aproximadamente 22% dos casos.
·         Urolitíase ou cálculo, associado ou não a infecção: urolitíase é a formação ou a presença de “pedras” no trato urinário. Certos minerais aglomeram-se e precipitam-se quando em condições particulares de pH urinário.
·         Infecção bacteriana ou virótica do trato urinário: são raras, mas podem estar associadas à FLUTD.

Manejo do dia-a-dia recomendado para prevenir o aparecimento de FLUTD idiopática:

·         Alimentação e sua forma de administração:
Oferecer aos gatos alimentos industrializados (rações secas) de boa qualidade. Deve-se alimentar o gato de preferência “a vontade” ou dividir a quantidade diária recomendada pelo fabricante em no mínimo 4 refeições. Alguns produtos disponíveis no mercado são muito palatáveis e, por tanto, deve-se sempre respeitar a quantidade diária de alimento recomendada na embalagem para evitar que o gato coma demais e torne-se obeso.
O alimento úmido (em lata) deve ser oferecido diariamente, pois, além de promover o aumento do volume urinário, diminui a concentração de solutos na urina.

·         Ingestão de água:
Oferecer bastante água limpa e fresca. Os proprietários devem estar alerta para assegurar uma ingestão adequada de água. Alguns gatos preferem beber em água corrente ao invés de beber em vasilhas. Nestes casos é recomendado deixar a torneira pingando para que o gato não deixe de ingerir água. Também é recomendado colocar mais de um bebedouro em locais diferentes da casa.

·         Bandeja sanitária:
Deve estar sempre limpa e, de preferência, com areia sanitária granulada de qualidade que absorve instantaneamente a urina formando torrões. Gatos com acesso restrito ao exterior devem ter bandejas sanitárias disponíveis sempre limpas e em número adequado a quantidade de animais residentes (1,5 a 2 bandejas/gato). Por serem animais extremamente higiênicos, os gatos evitam utilizar bandejas sujas ou que estejam colocadas perto do local onde recebem o alimento.

·         Estresse e sedentarismo:
Fatores estressantes como passeios de carro, ambientes agitados e barulhentos e mudanças na rotina da casa devem ser evitadas. A estimulação com brinquedos interativos (bolinha, varinha de pescar) é saudável e evita o sedentarismo. Animais castrados tendem a ser mais sedentários e obesos e por isso exige uma maior atenção.

Fonte:http://www.vira-lata.vet.br/?doenca-do-trato-urinario-inferior-dos-felinos-(flutd/suf)&ctd=20

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