Primeiro veio o Tobias, depois o Batatinha, depois o Miguel e depois a Mila. Quando o Batatinha tinha oito meses descobrimos, pelo ultrassom, uma doença de herança genética, muito comum em gatos persas, o PKD (doença dos rins policísticos). Desde então, tenho lutado para divulgar e conscientizar as pessoas sobre a existência desta doença.
A doença não tem cura, evolui para insuficiência renal e termina com óbito.
Acredito que exigir o teste de PKD ao adquirir um gato, principalmente da raça persa, possamos, no futuro, diminuir a herança genética, dizendo não aos criadores de má fé que se aproveitam da falta de informação das pessoas.
Foi com esse intuito que nasceu o Blog do "Batatinha elurofilia". Meu intuito é dividir minha vivência com meus "filhos" com outros elurófilos, simpatizantes e amantes de gatos, além de trocar experiências e informações relacionadas ao mundo felino.

sábado, 12 de março de 2011

Seu gato é bem tratado no pet shop?

Atualmente, essa é uma das questões mais sérias com a qual temos que tomar cuidado: os pet shops. Em teoria, pet shops são estabelecimentos especializados em serviços e produtos para pets, ou seja, animais de estimação. Isso abrange cães, gatos e outros bichinhos não tão domesticados, mas que foram incorporados ao nosso domicílio, como ferrets, porquinhos da índia, coelhos, hamsters, aves etc.
Mas será que toda loja está preparada para lidar com esses animais? Animais são seres vivos (e não mercadorias comerciais) e, portanto, lidar com vida não é uma tarefa fácil – requer dedicação, conhecimento, cuidado, atenção e carinho.
Gatos por sua vez não são “cachorros que miam”, ou seja, seu tratamento tem que ser diferenciado para que não aconteçam acidentes. Isso desde a hora de sua manipulação até o momento de usar produtos (xampus, soluções de limpeza de ouvidos, por exemplo), que para essa espécie podem ser tóxicos, embora não sejam para os cães.

Algumas dicas:
- Gatos não são (e nunca serão) fãs de banhos. Por isso, paciência é essencial. Levar em um lugar de confiança, onde o banho pode ser observado, bem como o trabalho do banhista, é interessante;
- Para contenção física de um felino, não estranhe se o funcionário do local segurá-lo pela pele da nuca, pois apesar de parecer agressivo ou dolorido, é a melhor forma de manter o gato quieto. É pela pele da nuca que a mãe carrega os filhotes com a boca, então não há perigo algum. Segurar dessa forma facilita a manipulação e mantém o bichano calmo, o que evita mordidas ou arranhaduras durante o procedimento;
- Cortar as unhas do gato previamente também evita acidentes no banho. Só convém lembrar que animais de vida livre precisam delas para subir em obstáculos e se defender; é importante que o pet shop pergunte ao proprietário se é animal de apartamento ou não;
- Evitar banhar e estressar demasiadamente filhotes, bem como animais de idade avançada. O estresse pode desencadear síncopes e até desmaios durante manipulação;
- Alguns animais – mesmo com todos os cuidados – são indóceis; nesse caso é bom considerar o uso de focinheiras, que na verdade são “máscaras” que cobrem toda a cabeça do animal, evitando mordidas durante o procedimento;
- Nunca deixe que na hora da secagem o bichano fique preso pelo pescoço com uma “cordinha” pendurada na lateral da mesa de banho/tosa; um movimento mais brusco pode resultar em enforcamento;
- Lembre-se que duas pessoas trabalhando juntas funcionam melhor do que uma só, minimizando tempo e estresse, substituindo focinheiras, por exemplo;
- SEMPRE levar em local que tenha veterinário de plantão, pois ele estará por perto caso ocorra qualquer incidente;
- Existem pet shops especializados apenas em gatos, o que é uma boa alternativa para diminuir o estresse que um pet shop comum causa aos bichanos com os latidos e contato com cachorros, por exemplo. O primeiro horário e o final de expediente costumam ser mais tranquilos;
- Evite levar o bichano no pet shop sempre nos mesmos dias, pois gatos têm boa memória e se escondem antecipadamente;
- Acostume o gato com a caixa de transporte previamente, deixando-a sempre aberta, em local visível e com alguns brinquedos e “panos” conhecidos do bichano;
- Não coloque perfume pós-banho, principalmente se tiver outro gato em casa. A mudança de cheiros pode causar intolerância e estranheza nos dois felinos, sem contar que será um motivo a mais para o bichano se lamber, lamber, lamber até remover todo produto!!!
As informações e sugestões de saúde e bem-estar para o seu bichinho contidas neste post têm caráter meramente informativo e não substituem o aconselhamento e o acompanhamento do Médico Veterinário de sua confiança. Somente este profissional é capacitado para diagnosticar e medicar seu bichinho de estimação.
Por:  Dra. Andréa Braga Jóia - CRMV-SP 09301 - Clínica Veterinária Rua Aimberê, 99 - Perdizes (SP) 11 3875-3420

2 comentários:

  1. Olá,
    Parabéns pelo seu blog,vc gosta mesmo de gato...faz mesmo jus ao pingente que usa no pescoço...

    Beijos,

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  2. Olá Renata!

    Sabe me dizer algumas opcoes de pet exclusivos para gatos?

    Obrigada, adorei o blog!

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