Primeiro veio o Tobias, depois o Batatinha, depois o Miguel e depois a Mila. Quando o Batatinha tinha oito meses descobrimos, pelo ultrassom, uma doença de herança genética, muito comum em gatos persas, o PKD (doença dos rins policísticos). Desde então, tenho lutado para divulgar e conscientizar as pessoas sobre a existência desta doença.
A doença não tem cura, evolui para insuficiência renal e termina com óbito.
Acredito que exigir o teste de PKD ao adquirir um gato, principalmente da raça persa, possamos, no futuro, diminuir a herança genética, dizendo não aos criadores de má fé que se aproveitam da falta de informação das pessoas.
Foi com esse intuito que nasceu o Blog do "Batatinha elurofilia". Meu intuito é dividir minha vivência com meus "filhos" com outros elurófilos, simpatizantes e amantes de gatos, além de trocar experiências e informações relacionadas ao mundo felino.

domingo, 21 de novembro de 2010

Gatoterapia: a cura através dos gatos

Esses fascinantes animais, já eram adorados como Deuses pelos antigos Egípcios, e atualmente o convívio entre homens e gatos se torna cada vez mais harmonioso quando há a reciprocidade, ou seja, um em benefício do outro. Esse é o objetivo da Gatoterapia, a incrível arte de se curar com a ajuda dos bichanos.
Introduzida no Brasil entre o final da década de 1940 e início da década de 1950 no tratamento de pacientes com esquizofrenia, a Zooterapia, ou terapia assistida por animais, teve como seu primeiro colaborador o gato, que é um animal que transmite tranqüilidade e equilíbrio no relacionamento com humanos.
Esse tipo de terapia está sendo muito utilizada nos dias de hoje, pois vivemos em uma sociedade moderna em que a correria do dia-a-dia está formando cada vez mais cidadãos estressados e hiper-tensos. Pensando nisso, estudos realizados no campo da cardiologia mostram que as pessoas que interagem constantemente com animais tendem a apresentar menores níveis de estresse e pressão arterial, além de desenvolverem menos problemas cardíacos. No caso dos gatos, os benefícios ultrapassam a barreira física, pois a Gatoterapia é também uma ferramenta importantíssima na cura de problemas mentais e emocionais.
Com a companhia dos gatos, uma pessoa depressiva, por exemplo, se espelha no estilo de vida do animal para ajudar a si mesma, pois a independência e autocontrole instintivos dos felinos são reconhecidos por todos e pode ajudar muitos que sofrem de desequilíbrio emocional.
Algumas crenças antigas diziam que os gatos eram animais místicos, capazes de transmutar as energias negativas do ambiente enquanto dormiam, portanto se dormiam muito, havia muita energia ruim no ambiente, e se não conseguiam filtrar toda essa energia, o gato acabava acumulando isso em forma de gordura. Porém, isso tudo já foi constatado como mera fantasia, já que hoje em dia sabemos que é da natureza dos felinos dormir muitas horas por dia e ter certo acumulo de gordura.
Mas nem tudo é mentira, já que para alguns especialistas, o gato é por essência um ser que tem este “poder” de transmitir paz e relaxamento, retirando as energias negativas do ambiente e trazendo felicidade para o ser humano, como muitos dizem é uma “higiene mental”.
Portanto, além da companhia, os gatos agora têm um papel a mais que age em benefício do ser humano: o ensinamento para uma vida livre de interesses, com fidelidade, companheirismo e autocontrole, respeitando os limites do próximo, mas ao mesmo tempo impondo seus limites.
Por Mariana Dorigatti
Fonte: Jornal Local/Campinas SP/21/10/2010

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