Primeiro veio o Tobias, depois o Batatinha, depois o Miguel e depois a Mila. Quando o Batatinha tinha oito meses descobrimos, pelo ultrassom, uma doença de herança genética, muito comum em gatos persas, o PKD (doença dos rins policísticos). Desde então, tenho lutado para divulgar e conscientizar as pessoas sobre a existência desta doença.
A doença não tem cura, evolui para insuficiência renal e termina com óbito.
Acredito que exigir o teste de PKD ao adquirir um gato, principalmente da raça persa, possamos, no futuro, diminuir a herança genética, dizendo não aos criadores de má fé que se aproveitam da falta de informação das pessoas.
Foi com esse intuito que nasceu o Blog do "Batatinha elurofilia". Meu intuito é dividir minha vivência com meus "filhos" com outros elurófilos, simpatizantes e amantes de gatos, além de trocar experiências e informações relacionadas ao mundo felino.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Música & Gatos



A musicoterapia é a utilização da música ou de seus elementos (melodia, som, ritmo e harmonia), com o objetivo de promover mudanças positivas físicas, mentais, sociais e cognitivas em seres com problemas de saúde ou de comportamento.
Segundo a mitologia grega, era Asclépio, filho de Apolo, quem tratava seus doentes fazendo-os ouvir cânticos considerados mágicos. Para Platão, a música era o "remédio da alma" e, por sua vez, a alma se condicionava ao corpo, assim como o corpo pela ginástica. Demócrito afirmava os efeitos curativos do som da flauta doce.
Atualmente, já se sabe que, cientificamente, os sons produzem efeitos benéficos (e maléficos).  Pesquisadores da Universidade do Canadá desenvolveram um estudo sobre os benefícios da musicoterapia para os animais. Segundo eles, cães e gatos submetidos a sessões de música, são mais dóceis e alegres do que os demais. Na Inglaterra, a musicoterapia para animais também não é novidade.
Os estímulos sonoros, segundo sua qualidade, podem produzir efeitos positivos ou negativos. As ondas sonoras são captadas pelo pavilhão auricular e chegam ao conduto auditivo e ao tímpano, cujas vibrações atingem o ouvido médio, onde são convertidas em impulsos nervosos. Esses impulsos chegam ao cérebro através do nervo ótico e ali são interpretados. Segundo a qualidade harmônica do som, são produzidos efeitos positivos ou negativos, benéficos ou não ao sistema psicobioenergético.
As fibras nervosas convertem o som captado em estímulo nervoso. O encadeamento de estímulos produz efeitos no organismo de humanos, animais e plantas. A música calma, harmônica, determina um efeito analgésico ou anestésico. O efeito oposto ocorre com sons estridentes, muito fortes, desarmônicos, que criam hiperestimulação das células nervosas e estresse nos neurônios.
Segundo estudiosos, a música harmônica pode provocar oito efeitos positivos em animais (e humanos):
- anti-neurótico;
- anti-distônico (relaxante);
- anti-estresse;
- sonífero e tranqüilizante;
- regulador psicossomático;
- analgésico e/ou anestésico;
- equilibrador do sistema cárdio-circulatório;
- equilibrador do metabolismo profundo.
A música atinge diversos órgãos e sistemas dos animais: o cérebro, os pulmões, o aparelho digestivo, sangue e sistema circulatório, pele e mucosas, músculos e sistema imunológico.
Na Universidade de Michigan (EUA), médicos pesquisadores descobriram que o som de harpa ocasiona efeito calmante e solos de violino podem eliminar certas dores. O Dr. E. Gall (médico), localizou no cérebro humano (que nada mais é do que um cérebro de mamífero), áreas capazes de gerar bloqueios aos estímulos dolorosos, provenientes das vias nervosas - tudo levando a crer, que com os demais mamíferos também seja assim.
Alguns autores recomendados por sua música, com efeitos benéficos: Mozart (efeito antidepressivo), Beethovem (estimula sentimentos superiores, intensos), Bach (estimula a introspecção, efeito repousante), Vivaldi (efeito relaxante), música barroca, música renascentista, etc. Os sons da Natureza (chuva, vento, mar, rio, etc) também são terapêuticas, pois tendo uma vibração constante, proporcionam bem-estar e relaxamento.
Prefira músicas calmas e harmônicas Não coloque o som muito alto (os animais escutam muito melhor que nós, e para eles pode ser insuportável).

Curiosidade: Fuga do gato -Domenico Scarlatti
A sonata em sol menor K. 30 (Longo L. 499), de Domenico Scarlatti, conhecida como «Fuga do gato», é uma sonata  para cravo em um movimento com indicação de tempo moderato e estilo fugado. O sobrenome «fuga do gato» com que é conhecida a sonata K. 30 de Domenico Scarlatti, não foi introduzido até começos do século XIX e não foi, por tanto, usado nunca pelo próprio compositor. Sua origem está em uma lenda a respeito de como Scarlatti chegou a criar o inusual motivo musical com que a fuga está construída e que ocupa os três primeiros compassos da peça. De acordo com dita fantasiosa episódio, Scarlatti tinha um gato chamado Pulcinella que em um passeio sobre o teclado fez soar o motivo musical que foi imediatamente escrito pelo compositor, que desenvolveu toda a peça a partir destas interessantes notas.
O sobrenome foi usado em programas de concertos ao longo do século XIX, e com ele foi publicado por editores das sonatas scarlattianas como Clementi, Czerny e Longo; e pianistas como Liszt.

Nenhum comentário:

Postar um comentário