Primeiro veio o Tobias, depois o Batatinha, depois o Miguel e depois a Mila. Quando o Batatinha tinha oito meses descobrimos, pelo ultrassom, uma doença de herança genética, muito comum em gatos persas, o PKD (doença dos rins policísticos). Desde então, tenho lutado para divulgar e conscientizar as pessoas sobre a existência desta doença.
A doença não tem cura, evolui para insuficiência renal e termina com óbito.
Acredito que exigir o teste de PKD ao adquirir um gato, principalmente da raça persa, possamos, no futuro, diminuir a herança genética, dizendo não aos criadores de má fé que se aproveitam da falta de informação das pessoas.
Foi com esse intuito que nasceu o Blog do "Batatinha elurofilia". Meu intuito é dividir minha vivência com meus "filhos" com outros elurófilos, simpatizantes e amantes de gatos, além de trocar experiências e informações relacionadas ao mundo felino.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O gato


O gato é um animal independente, mas doméstico, distante, mas carinhoso, é um ser misterioso por quem o Homem se sente fascinado, ao ponto de fazer dele objeto de culto em algumas civilizações. De forma contraditória, o gato foi visto por diferentes culturas como um aliado das forças do mal ou um ser divino digno de culto.
Segundo estudos sobre a evolução do gato doméstico, este terá origem no gato-bravo africano, ou europeu, pelo que mantém algumas das características selvagens do seu antecessor. É um animal geralmente solitário, ao contrário de outros felinos, de hábitos noturnos e sentidos muito apurados, principalmente a audição e a visão. Caça apenas para sobreviver e contacta com outros gatos apenas para marcar território ou acasalar.
O gato aproximou-se do homem porque o viu como recurso fácil ao alimento. A partir daí, foram-se estabelecendo laços afetivos entre os dois.
Apesar de não ter sido a primeira a domesticar o gato, a civilização egípcia foi a primeira a documentá-lo. Através de estátuas, pequenos amuletos e pinturas murais é que podemos observar a convivência pacífica entre o homem e o gato e também a sua divinização. Uma das figuras divinas mais famosas e veneradas do antigo Egito é a da deusa da fertilidade e do amor, Bastet, representada com cabeça de gato. Além disso, era um animal muito útil nos barcos e campos de agricultura, uma vez que caçava os roedores que destruíam os cereais e outros alimentos.
O gato aparece ligado a vários cultos religiosos. Na civilização grega e na romana aparecia associado a vários deuses, como a grega Afrodite, símbolo de feminilidade e do amor, e a romana Diana, deusa da caça. Nas lendas nórdicas aparece a imagem de Freia, deusa da fecundidade, no seu carro puxado por gatos, e no poema épico finlandês Kalevala o carro que transporta as almas dos mortos é puxado também por gatos.
Geralmente, pesam entre 2,5 e 7 kg; entretanto, alguns exemplares, como o Maine Coon, podem exceder os 12 kg.
Em cativeiro, os gatos vivem tipicamente de 15 a 20 anos, porém o exemplar mais velho já registado viveu até os 36 anos. Os gatos domésticos têm a expectativa de vida aumentada quando não saem pelas ruas, pois isso reduz o risco de ferimentos ocasionados por brigas e acidentes. A castração também aumenta significativamente a expectativa de vida desses animais, uma vez que reduz o interesse do animal por fugas noturnas e também o risco de incidência de câncer de testículos e ovários.
 Os gatos possuem trinta e dois músculos na orelha, o que lhes permite ter um tipo de audição direcional, movendo cada orelha independentemente da outra. Assim, um gato pode mover o corpo numa direção, enquanto move as orelhas para outro lado. A maioria dos gatos possui pavilhões auditivos orientados para cima. Diferentemente dos cães, gatos com orelhas dobradiças são extremamente raros. Quando irritados ou assustados, os gatos repuxam os músculos das orelhas, o que faz com que elas se inclinem para trás.
O método de conservação de energia dos gatos compreende dormir acima da média da maioria dos animais, sobretudo à medida que envelhecem. A duração do período de sono varia entre 12/16 horas, sendo de 13/14 horas.
A temperatura normal do corpo desses animais varia entre 38 e 39 °C. O animal é considerado febril quando tem a temperatura superior a 39,5 °C, e hipotérmico quando está abaixo de 37,5 °C. Comparativamente, os seres humanos têm temperatura normal em torno de 37 °C. A pulsação do coração desses pequenos mamíferos vai de 140 a 220 batidas por minuto e depende muito do estado de excitação do animal. Em repouso, a média da freqüência cardíaca fica entre 150 e 180 bpm.
Andam diretamente sobre os dedos; os ossos das suas patas compõem a parte mais baixa da porção visível das pernas. São capazes de passos precisos, colocando cada pata diretamente sobre a pegada deixada pela anterior, minimizando o ruído e os trilhos visíveis.


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